Riscos da AEP
Muitos estão tratando a AEP (Análise Ergonômica Preliminar), como algo simples e de construção superficial. Ledo engano, pois o PGR e GRO citados na NR01, dependem fortemente das bases juramentadas da AEP para definição do RISCO. Ressalta-se o caráter publico da NR01, trata o RISCO levantado pela AEP ou AET da mesma maneira, portanto ambas precisam ter fundamentos para a definição ou não do RISCO. Quando tratamos de doenças, entramos num universo atemporal e qualitativo, que requer grande especialização e fundamentação, isso porque pode-se constatar acometimentos danosos em atividades consideradas VERDES, meses ou anos após a definição do risco. Doenças são completamente diferentes dos acidentes, uma vez que podem ser cumulativas ou imediatas, podem acometer uma parte da população outra não, pode ter agravantes organizacionais ou cognitivos.
Desta maneira a definição do RISCO, seja pela AEP ou AET, deverá conter alicerces sólidos, pautados em metodologias bem definidas, preferencialmente alinhadas à NR17 e IS0´s/NBR´s de Ergonomia. Sugerimos que minimamente uma AEP contenha os seguintes fundamentos:
I. Análise da demanda; considerando verbalização dos trabalhadores afastamentos, acometimentos , absenteísmo, acidentes, rotatividade
II. Aplicação de um DASHBOARD com base nos dados obtidos
III. Análise cruzada das demandas
IV. Aplicação de ferramenta IS0 11228-3 para dimensionamento das demandas
V. Conclusão
O objetivo principal de uma AEP é avaliar e dimensionar DEMANDAS, que poderão ser resolvidas pela própria AEP, ou necessitar de uma AET para aprofundamento da análise. Portanto checklists ou investigações pautadas em visitas superficiais, sem uma metodologia bem definida podem gerar problemas graves para o trabalhador, ergonomista e empresa.